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Calagem dos solos
CALAGEM DOS SOLOS
A calagem é prática fundamental em solo tropicais para aumento na produtividade, devido ao seus efeitos na correção do solo, com reflexos na maior eficiência das raízes em absorção de água e de nutrientes, devido à diminuição nas perdas de bases por lixiviação, diminuição na fixação do fósforo, precipitação do excesso de teores tóxicos de alumínio, manganês e ferro, fonte de cálcio e magnésio e melhoria em propriedades físicas e biológicas do solo.
A calagem além de neutralizar os excessos de alumínio e de manganês, que são comuns nos solos ácidos e prejudiciais à vida da planta, tem outros efeitos:
* aumenta a disponibilidade de nitrogênio, enxofre e boro que resultam da mineralização da matéria orgânica;
* melhora o aproveitamento dos adubos;
* fornece Ca e Mg como nutrientes;
* diminui ou elimina os efeitos tóxicos do Al, Mn e Fe;
* diminui a ''fixação'' de P
* aumenta a disponibilidade do N, P, K, Ca, Mg, S e Mo no solo;
* aumenta a eficiência dos fertilizantes;
Fatores de sucesso na calagem
Para que a calagem atinja seus objetivos, devem ser levados em consideração vários aspectos, tais como:
- análise do solo - é a primeira e a principal providências a ser tomada para a recomendação da calagem;
- uniformidade de aplicação - a qualidade de aplicação do corretivo deve levar em consideração aspectos como o equipamento distribuidor utilizado, características do corretivo (umidade, granulometria, ângulo de repouso) e o desempenho de aplicação.
- antecedência de aplicação - devido à sua solubilização lenta, os calcários, para que apresentem ação corretiva efetiva, devem ser aplicados cerca de 2 a 3 meses antes do plantio ou da primeira adubação da cultura, ou seja, no outono-inverno.
- profundidade de incorporação - a incorporação deve se dar na camada de 0 a 30cm, pelo menos, realizando-se aplicação de metade da dose antes da aração e metade depois da mesma, resultando em maior volume de terra para exploração pelas raízes e, conseqüentemente, melhor aproveitamento de água e de nutrientes, ficando a planta menos sujeita ao risco de falta de água.
- localização do corretivo - área total
- tipo de corretivo - na escolha do corretivo temos de observar aspectos relevantes como o teor de magnésio, assim como as porcentagens de CaO e PRNT do calcário.
Retirada de amostras para análise:
A maneira correta de determinar a quantidade de calcário é através da análise de solo, técnica simples e barata, que vai mostrar as necessidades da área de solo, observando as seguintes instruções.
1- Dividir a área onde você vai retirar as amostras em áreas uniformes quanto a topografia, textura, cor, cultura existente, adubações feitas, etc.
2- Retirar sempre 10 amostras por hectare formando daí uma amostra composta representativa.
3- Percorrer a área escolhida em ziguezague, não retirando amostra em brejos, perto de casa, riacho etc.
4- Limpe a superfície do local escolhido.
5- Faça um buraco de 20 centímetros de profundidade, desprezando a terra retirada. Selecione as fatias das paredes da cova. Tome o cuidado de coletar a mesma quantidade de terra em cada um dos 10 pontos amostrados.
6- As amostras simples devem ser bem misturadas para se obter uma amostra composta bem homogênea, contendo mais ou menos meio quilo.
Coloque a amostra de solo em embalagem limpa e seca.
7- Identifique cada amostra remetida ao laboratório de acordo com a á área onde foi retirada;
8 – Após o resultado do laboratório, envie para um técnico fazer a análise.
As principais qualidades de um corretivo são:
a) conter o poder de neutralização (PN), que indica a capacidade potencial ou teórica do corretivo em neutralizar a acidez do solo e os teores de cálcio e magnésio garantidos;
b) granulometria (finura do material)
O Calcário dolomítico (com Mg0 superior a 12%) é a principal fonte de cálcio e magnésio para solos em que estes ocorrem em níveis de deficiência. A aplicação de calcários calcíticos (com menos de 12% de MgO) ou cal,ou calcários de conchas, etc, pode provocar deficiência de magnésio para plantas, como em leguminosos e/ou em solo com baixo teor deste nutriente.
USO DE CALCÁRIO DE BAIXA QUALIDADE Calcário mal moído e com baixos teores da cálcio e magnésio não corrige adequadamente a acidez dos solos. O uso destes calcários geralmente não traz os benefícios esperados sobre os rendimentos das culturas, principalmente no primeiro ano.
FALTA DE ADUBAÇÃO O calcário não é substituto para o adubo e vice-versa; os produtos complementam.
O calcário age como o potenciador do efeito dos fertilizantes, além de ser também fonte dos macros nutrientes cálcio e magnésio.
APLICAÇÃO CORRETA E ÉPOCA
A calagem pode ser feita em qualquer época do ano; é importante que anteceda ao plantio e/ ou adubação.
O calcário deve ser incorporado à maior profundidade possível, permitindo melhor contato do corretivo com as partículas do solo.
